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Conan!!!

Conto de Natal 2006 Parte I - Natal de Magia

quarta-feira, dezembro 20, 2006
Vivia-se o Natal de 545. Na Lusitânia, terra de gentes de várias raças e credos, o Natal não era só uma Cerimónia Cristã, em que os fiéis celebravam o nascimento de Jesus Salvador. Na Lusitânia Pós-Romana, o Natal era uma Festa de todos. Mas para entenderem isso, meus caros leitores, há que explicar as várias raças e seres que existiam nesse tempo Pré-Afonsino, no território que é hoje Portugal.
Tinham já passado 45 anos desde que os Visigodos tinham invadido a Lusitânia, antiga província de Roma, e tinham escravizado os descendentes de Viriato. Estes, que nunca foram Povo de se deixar humilhar, criaram forças para resistir ao invasor e Estados Independentes dentro deste vasto território.
Um Druida Visigodo, homem imortal, de nome Vosgol Haff, criou uma espécie de seres monstruosos, de nome Orcs, criaturas demoníacas, para manter os territórios que ocupava em autêntica ditadura. Eram estes os principais inimigos de todos os Povos amantes da Liberdade.
Existiam também os Humanos, povo Cristão, descendentes directos dos Romanos e dos Lusitanos antigos.
Das florestas apareceram os Elfos, seres semi-deuses, de uma religião amante da natureza e de todos os seres vivos.
Existiam ainda outros, mas os mais controversos eram sem dúvida as gentes necromantes, humanos que viviam para além da morte, que contactavam com o Além e que por vezes, assumiam formas de esqueletos e espectros.
Mas tudo isto vocês já sabem de histórias antigas. O que é importante saber, partindo do princípio que conhecem as histórias anteriores, é que o Natal era comemorado por todos os não praticantes da magia vermelha. Por exemplo, os Elfos, adoradores da Sagrada Natureza, viam esta personificada na Virgem Maria, a que do seu ventre nasceu o Salvador dos Povos. Para eles, o Natal era o Nascimento do Planeta. Depois, os Cristãos, que viam no Natal o Nascimento de Jesus Cristo, filho de Deus e enviado deste para unir os Povos. Já os Necromantes viam no Natal o começo da sua vida passada. O Nascimento era, para eles, o acto do início da Vida, aquela vida que todos eles tinham renegado, para viverem a sua Morte, a sua Eternidade. O Natal representava o recordar de tempos lindos. E neste tempo, como ainda hoje, existia um poderoso Mago, o São Nicolau, que entregava presentes a todos os seres bons do mundo, na noite de Natal. Nesse ano de 545, São Nicolau tinha vindo no início de Dezembro à Lusitânia, procurar o Caminhante de Barbas, seu velho amigo. Precisava de o contactar, pois o Caminhante tinha sido escolhido pelo Conselho da Bondade para representar os Nómadas no Paraíso. Quando atravessou a fronteira, foi interceptado pelo Dragão Valis, às ordens de Vosgol Haff. Este sabia que se prendesse São Nicolau, de maneira a que não houvesse distribuição de Presentes, poderia acontecer uma catástrofe na resistência Lusitana.
Acontece que existia uma Princesa Elfa, de nome Lilyan, que era companheira do filho do Cavaleiro Cadavérico, chamado Lim-Dûl. Lilyan, tal como todas as Elfas, vivia intrinsecamente ligada à Mãe Natureza, e no dia desta, o Natal, não poderia ficar sem um presente pois morreria se não o recebesse. Se isto acontecesse, poderia levar a que Lim-Dûl enlouquece-se e os Necromantes sairiam da Luta pela Paz.
Lam-Dûl, pai de Lim-Dûl, ao saber que São Nicolau tinha sido aprisionado, mandou chamar o filho e os seus amigos. Contou-lhes o que se passava e deu-lhes a missão de resgatar São Nicolau, que se encontrava aprisionado em Braganquis, terra dominada pelos Orc’s de Vosgol Haff.
Partiram da terra dos Necromantes seis guerreiros. Lim-Dûl, o elfo Scimitar, Lachdanah, o Nómada, Rasta Songoham Jah, um mineiro anão poderoso, acompanhado por Rasta Miguel Jah, seu ajudante, e Luigi, Centurião da Legião Romana.
Vosgol Haff sempre foi manhoso e sempre soube tudo. Tinha espiões por todo o lado e soube atempadamente da viagem dos nossos heróis. Preparou-lhes uma armadilha. Após passarem a Floresta Mágica de Vila de Carvalhos, os nossos heróis encontraram uma poderosa força de 5 Orcs e um Ogre de duas Cabeças.
O Combate foi muito duro, que resultou numa perda grave para os nossos heróis. Os Orcs fizeram Scimitar e Rasta Miguel Jah prisioneiros, levando-os para as masmorras Guimar. Os quatro heróis restantes tinham que fazer uma divisão. Um ia salvar os amigos e os outros teriam que salvar o São Nicolau. Ficou decidido que Lim-Dûl salvaria os amigos.
Para isso era preciso ir buscar forças capazes de invadir Guimar. Rumou de volta à terra dos Necromantes, onde reuniu uma força de Cavaleiros Negros e Esqueletos. De seguida partiu para a terra dos Elfos, onde conseguiu um contingente especial de Arqueiros. Passou pelos territórios de Santo Adrião, onde recolheu apoios da Legião Romana. Também os Magos da Paz se juntaram a esta força e rumaram a Guimar, onde se deu uma grande batalha.
No final, Rasta Miguel Jah e Scimitar tinham sido libertados. Guimar era agora uma terra livre e pela primeira vez em 45 anos, o Natal seria celebrado pelos humanos num grande jantar, na floresta.

Os outros amigos, os que tinham a missão de salvar São Nicolau, não tiveram a vida tão facilitada. Na Serra da Estrela encontraram um rasto de sangue. De quem seria?
Rasta Songoham Jah achou por bem descer à aldeia de Covilhix, procurando o ferido, enquanto que os outros seguiram para Braganquis.
Nunca mais o viram. Atravessaram o deserto de Dourix Altum, até chegarem à fortaleza de Braganquis.
Como iriam entrar? Eis que algo que não esperavam aconteceu. Lim-Dûl, após a libertação de Guimar, foi à procura dos seus amigos. Scimitar e Rasta Miguel Jah encontravam-se feridos mas salvos. Seguiram para as terras seguras, encontrando Rasta Songoham Jah em Covilhix. Este tinha descoberto que o povo de Covilhix tinha capturado e executado o Dragão Valis, quando este tentava atacar a aldeia. Eis a razão do sangue no alto da Serra da Estrela. Depois de uma noite em que os aldeãos lhes deram de comer e trataram os que se encontravam feridos, os amigos seguiram para Braganquis. E assim os seis heróis voltaram-se a encontrar às portas de Braganquis. E nisto, em cima da fortaleza, o Poderoso Vosgol Haff apareceu. A criatura era já um demónio, tão consumido pelo ódio que estava. Ninguém pensou que conseguiriam sobreviver, mas Lim-Dûl mostrou os seus poderes, transformando-se em Morte Gigante, conseguido defender a bola de fogo de Vosgol Haff.
Este, resignado, fugiu, deixando livre São Nicolau. São Nicolau, agradecido, jurou que nesse Natal ninguém ficaria sem presentes. Então entregou uma prenda a Lim-Dûl, dizendo-lhe para a oferecer a Lilyan.
Lim-Dûl correu para Vila de Carvalhos, indo-se encontrar com a sua companheira. Beijou-a e disse-lhe “Nunca deixarei que algo de mal te aconteça”.
Deu-lhe o Presente de Natal e ela, ao abrir, disse: “És Lindo”.
João Figueiredo Dezembro de 2005
20:46 :: ::
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